Txai Suruí

Coordenadora da Associação de Defesa Etnoambiental - Kanindé e do Movimento da Juventude Indígena de Rondônia

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Txai Suruí

19 de Abril, momento de reconhecer o papel dos povos originários

E ainda continuamos na guerra para garantir os nossos direitos

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Em 19 de abril é comemorado o Dia dos Povos Indígenas, quando celebramos nossa diversidade, sabedoria ancestral, nossa herança cultural e a contínua e incansável luta dos povos originários do Brasil para seguir existindo e resistindo. Um momento para honrar e reconhecer o papel essencial dos povos originários, suas culturas e territórios na proteção e preservação da vida, das florestas e da biodiversidade.


No entanto, além de valorizar e reconhecer a importância desses povos e comunidades é necessário que a sociedade se engaje e se revolte sobre a realidade ainda vivida por essas nações indígenas.

Operação da Funai e da Força Nacional contra garimpo na Terra Indígena Sararé, em Mato Grosso - Lalo de Almeida/Folhapress


O papel dos povos indígenas no combate à emergência climática e na proteção da natureza é inegável e inquestionável. A demarcação das terras indígenas e a proteção desses territórios e desses povos é uma das principais e essenciais medidas que o Brasil pode tomar para garantir um futuro e frear a crise do clima. Mas por que não há então uma real mobilização por parte da sociedade em geral e do poder público para a demarcação dessas terras e para o fim da violência contra os povos indígenas?

Talvez de fato não entendamos a importância desses povos e territórios e estejamos apenas fingindo que nos importamos. Mas isso não será suficiente para transformar a realidade do nosso país e do mundo. Será que ainda não entendemos que não temos mais tempo para esperar? Que mesmo se pararmos agora com todas as emissões de gases de efeito estufa ainda sofreremos por décadas as consequência da emergência do clima.

De modo distinto do que fazem nossos representantes —escolhidos por nós, pois elegemos o governo federal e o Congresso—, ainda travamos uma guerra para a garantia dos nossos direitos.

"A tese do marco temporal e a insistência do Congresso Nacional em trazê-la sempre à pauta, mesmo o STF tendo votado como inconstitucional, é um exemplo muito claro de o quanto a vida e a existência dos povos indígenas deste país estão em risco", publicou a associação Apoinme . São 474 dias de gestão e demarcações prometidas pelo governo Lula continuam pendentes. Rui Costa, da Casa Civil, segue embarreirando homologações de terras indígenas. Por que, Rui Costa?

A promessa deste governo era de demarcação de 14 terras nos cem primeiros dias de mandato. Entretanto, até agora, apenas dez terras foram demarcadas.

Denunciamos o uso dos direitos indígenas como moeda de troca e cobramos o cumprimento do compromisso e as promessas feitas. Unirmo-nos e cobrar pelo direito dos povos indígenas é papel de todos nós e neste 19 de Abril convido todos a irem para a linha de frente desta luta conosco.

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